segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Não entendestes, ainda?!!!




Ela é ela!
Eu sou eu!
Não entendestes, ainda?

Para com a psicopatia
De enviar-lhe e-mails
Sugerindo nas pautas,
Da tua insuficiência,
O que de mim existe nela!

Ela é ela!
Eu sou eu!
Não entendestes, ainda?

Desejarás saber, talvez,
O que de mim ou dela existirá em ti.
Mas, se trazemos ao peito o respeito,
Sentido que não ostentas,
Jamais nos encontrarás em ti!

Ela é ela!
Eu sou eu!
Não entendestes, ainda?

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Flor da Madrugada

Cabo Frio, 10 de fevereiro de 2010 – 21h08

Andarilha andarilho



Cântico! Cântico! Cântico!
Tua voz recorta o ar
e andarilho vaga pelo falo do teu corpo.

Amor! Amor! Amor!
Rascunho palavras ao céu
e andarilho pela finitude dos teus seios.

Tesão! Tesão! Tesão!
Teu sexo – diferente - afunda-se no meu
e perco-me perdida – igual - ao teu paraíso.

Confusa, andarilha andarilho!
Não me busque andarilha
e andarilho não me encontre!

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Flor da Madrugada.
Heterônimo de Sílvia Mota.
Cabo Frio, 10 de fevereiro de 2010.

Hoje, um dia especial!


Ao te beijar em público,
assim, daquela forma apaixonada,
que somente nós entendemos,
nada percebi de estranho...
nada, nada percebi...
nenhum dedo em riste...
Terá sido, Igualdade?

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Flor da Madrugada.
27 de janeiro de 2009 – 16:37hs.

Poema homoerótico


Olho teus olhos
Beijo tua boca
Vejo-me nos teus olhos
Lambo-me na tua boca
Sinto teu sexo
Sinto-me no teu sexo.
Seduzida
Seduzo-te!
Nasci em ti...
Nasceste em mim...
Prá ti.
Prá mim.
Homo
Eróticas.

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Flor da Madrugada.
Heterônimo de Sílvia Mota.
São Paulo, 25 de janeiro de 2009 – 22h29min.

Quero e não quero!



QUERO-TE!
TE QUERO!

AMO-TE!
TE AMO!

QUERO teu corpo engalfinhado ao meu,
a sussurrar os suores dos nossos pecados!
QUERO teu dom de espalhar pelo meu céu,
as estrelas-gemido dos teus desejos!

Mas...
Ah!...
NÃO QUERO o cancro do preconceito
que ostentamos por nós mesmas!

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Flor da Madrugada.
Heterônimo de Sílvia Mota.
São Paulo, 22 de janeiro de 2010 – 16:47hs.

Temo e não temo!


Não temo a força do teu olhar,
nem a gostosura da tua boca,
nem o furor do teu sexo!

Mas, temo a igualdade dos nossos desejos!


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Flor da Madrugada.
Heterônimo de Sílvia Mota.
São Paulo, 22 de janeiro, de 2010 – 16h35min.

Conceda-me esta honra


Permita-me transitar ao teu lado
Nesse mundo de estrelas,
Que faíscam poesia
Para todos os lados.
Permita-me entrar no teu recanto
E entender o sentimento,
Que flui do teu coração
De poeta apaixonado.

Permita-me!
Não te farei mal,
Quero aprender a sorrir,
Com o sorriso fluido
Que transborda das tuas letras.
Permita-me!
Não sou o que dizem,
Ou o que pensam que sou.
A leviandade não me contaminou
E só imploro prá ser eu mesma.
Permita-me!!!


Flor da Madrugada.
Cabo Frio, 2 de janeiro de 2010.

Alçarei esse vôo!


Hei de vencer os preconceitos todos
E colocar-me acima do infinito!
Lei terna e eterna serei,
Inda que os demônios todos me provoquem!


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Flor da Madrugada.
Heterônimo de Sílvia Mota.
Cabo Frio, 20 de dezembro de 2009.

Nascimento de Deus? Que é?


Se devo preocupar-me
Com o aniversário
E a existência ou inexistência
De um ser superior,
Nesse momento
Em que sou discriminada
Até pelo meu outro Eu?
Não será perda de tempo?!!


Flor da Madrugada.
20 de dezembro de 2009.

Dúvida


Esta dor aflita
Que escorre
Pelas minhas pernas
E alcança teu púbis
Igual ao meu,
Atende sob o nome de amor
Ou é simples perdição?



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Flor da Madrugada.
Heterônimo de Sílvia Mota.
Cabo Frio, 13 de dezembro de 2009.

Duas em uma



Pouco importa
se não gostas de mim,
porque eu me gosto
e muito!
Ignoro tua estupidez,
tua inveja
e teu preconceito.

Sou rosa e cravo, ao mesmo tempo...
Talvez, não consigas
sentir meu perfume,
mas ele está no ar.
Apura o olfato!


Flor da Madrugada.
25 de novembro de 2009.

Romeu & Julieta


Quem sou?
Romeu?
Então, sou ateu.
Julieta?
Então, sou asceta.

Crença... que importa?
Se Romeu ou Julieta,
Tenho força no olhar
E rebolado no andar,
O resto... que se esconda atrás da porta!

Flor da Madrugada.
Cabo Frio, 7 de outubro de 2009.

Minha amada


Estás faminta. Tenho carne em meu corpo,
Que sobeja,
Aveludada
e traz gosto de cereja.

Estás faminta.
Penso em te matar a fome
Que alimenta
Angustiada
A mulher que se esconde em mim.

Flor da Madrugada.
Cabo Frio, 7 de outubro de 2009.

De quem sou?


Entre um espaço e outro
Da minha inspiração,
Trafegas no meu inferno.

Entre um espaço e outro
Da noite que me ilumina,
Defloro-me ao dia.

Entre um espaço e outro choro.

Sou tua, mas tu... és quantos?

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Flor da Madrugada.
Heterônimo de Sílvia Mota.
Cabo Frio, 7 de outubro de 2009.

Trinta



Sou mulher de 30.
Trinta anos de idade,
Trinta e tantos amores,
Trinta e tantas cicatrizes na alma,
Trinta e mais trinta cansaços,
Menos de trinta motivos para ser feliz,
Trinta vezes trinta, para ser infeliz
E trinta mil motivos para morrer!

Sou mulher de 30.
Trinta desejos te bastam?
Se trinta vezes te rolar no chão
E de trinta em trinta segundos te beijar na boca,
Repetindo, trinta vezes, que desejaria te amar,
Trinta vezes, somente trinta, me amarias, também?
Queria ser amada pelos mais de trinta
Que se acasalam comigo, pelos trinta dias do mês...

Sou isso = TRINTA = por mais de trinta!
Meus pecados ultrapassam em muito mais de trinta
Os meus trinta!


Flor da Madrugada.
7 de outubro de 2009.